sábado, 1 de fevereiro de 2014

PROMESSAS!...

Relembro o meu conterrâneo António Aleixo, nascido em Vila Real de Santo António, no mês de fevereiro de 1899  e falecido em novembro do ano de
1949, em Loulé (terra de seu pai), onde há muitos anos residia.
Foi, muito justamente, considerado a nível mundial um dos ícones da poesia popular portuguesa.

Estas quadras foram por ele escritas  em 1945, em tempo de promessas eleitorais...  
Promessas, promessas... que  morrem sempre à nascença independentemente da "cor política" de quem promete...      
PORQUÊ???? - Pergunto eu!......

foto noticia

Ao sentir tremer o trono,
P'ra o mundo não fez segredo:
Prometeu, talvez por medo,
Que dava o seu a seu dono...

Este sujeito é capaz
De nos fazer mil promessas...
Mas faz-nos tudo às avessas
Das promessas que nos faz!

Mas eu não sou quem procuras...
Sei, contra tua vontade,
Que me mentes, quando juras
Que me dizes a verdade.

Prometem ao Zé Povinho
Liberdade, Lar e Pão...
Como se o mundo inteirinho
Não soubesse o que eles são!


Fonte: "Inéditos" António Aleixo
Edição de Vitalino Martins Aleixo (filho do poeta)
Loulé 1978

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