domingo, 29 de junho de 2014

Porquê Meu Deus?

Incomodada com o que aconteceu! Não devia ser permitido às pessoas partirem tão precocemente. Um jovem, aos 29 anos de idade está no auge da sua vida, tem, de certeza, à sua frente muitos ideais, muitos sonhos por concretizar! Muito para viver!
Não devia ser possível - dizia eu - mas o que é facto é que estas tragédias acontecem. Infelizmente, com uma frequência indesejada. 
Pergunto: "porquê meu Deus?"
Tal como aconteceu à Judite de Sousa e a muitas outras mães, também a minha  perdeu o seu único filho, do sexo masculino, e... foi muito doloroso. É e sempre será muito doloroso! Não pode haver, não há maior dor para uma mãe  do que ver partir o seu filho querido.
Bem sei que o tempo é um forte e bom aliado, contudo é uma dor muito viva, que dilacera o coração da mãe e lhe deixa um vazio profundo e uma saudade eterna! 
Como mulher de fé, quero acreditar - embora sinta alguma dificuldade - que Deus terá uma explicação plausível para tudo o que acontece, à qual não temos acesso. Quero pensar que quem acredita que Deus sabe o que faz - e eu quero acreditar -  pode ver minimizado o seu sofrimento, ainda que nunca esqueça e viva o resto do seu tempo carregando este pesado fardo. 
Quero, ainda, aqui deixar à Judite de Sousa - que conheço apenas e só da televisão - e  a todas as mães  sem visibilidade  que também passaram pelo mesmo drama, uma palavra de conforto. O momento é muito difícil e triste, mas Deus e o Tempo irão ajudar e melhores dias hão-de vir. Tenho a certeza.
Deixo o poema "Saudades" da nossa também sofredora e grande Florbela Espanca:

Saudades! Sim.. talvez.. e por que não?... 
Se o sonho foi tão alto e forte 
Que pensara vê-lo até à morte 
Deslumbrar-me de luz o coração! 

Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão! 
Que tudo isso, Amor, nos não importe. 
Se ele deixou beleza que conforte 
Deve-nos ser sagrado como o pão. 

Quantas vezes, Amor, já te esqueci, 
Para mais doidamente me lembrar 
Mais decididamente me lembrar de ti! 

E quem dera que fosse sempre assim: 
Quanto menos quisesse recordar 
Mais saudade andasse presa a mim! 


Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"



sexta-feira, 27 de junho de 2014

Há dias assim!

Hoje mesmo, ou seja, ontem, dado que a meia-noite já lá vai, fui  surpreendida por um telefonema de um bonito e simpático jovem que me anunciava - quase  em jeito de pedido - a sua visita. Nada me fazia prever este contacto telefónico, tão pouco o nosso reencontro cá em casa, nem as emoções que, de imediato,  senti e continuo a sentir ao ponto de me apetecer muito escrever sobre o assunto e não encontrar as palavras adequadas para o fazer.
Fiquei feliz e orgulhosa dele! Vinha em trabalho a Lisboa. E conversámos... conversámos imenso, aproveitando ao máximo o tempo reduzido de que dispunhamos. O seu sentido de responsabilidade, aqueles olhos maravilhosos, azuis, a sua simpatia e o seu sorriso contagiante deixaram-me derretida.
O meu sobrinho continua a crescer, não obstante a partida prematura do pai. Quero e preciso  acreditar que por algum motivo, que desconheço, Deus permitiu que partisse. Onde quer que esteja, tenho a certeza de que terá sempre os olhos postos no filho amado e de que o ajudará na sua caminhada pela vida.
Nós - os que cá ficaram - vamos estar atentos e dar-lhe todo o apoio no sentido de que o seu caminho seja a FELICIDADE!

Há dias assim... em que a SAUDADE aperta, forte, o nosso coração! Descansa em paz, MANO!




Silêncios que falam


"Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis e, por mais que a gente pense numa forma de empregá-las, elas parecem não servir.
Então, a gente não diz, apenas sente." 
(Freud)

terça-feira, 24 de junho de 2014

segunda-feira, 23 de junho de 2014

A chuva do desencanto...

Alcácer em início de Verão (terceiro dia no calendário) - modo Inverno, céu nublado e chuva intensa que, não obstante o desencanto ou desconforto que possa provocar a quem gosta de um tempo mais sorridente, - onde me incluo - não deixa de nos proporcionar óptimas panorâmicas, tais como estas que vos deixo.









domingo, 22 de junho de 2014

Puro engano...

Chegou ontem, de mansinho. Envergonhado! Receoso! Tímido, diria mesmo... sem cor, sem calor, sem garra...
Contudo, à chegada, ainda nos deu um reduzido ar da sua graça e quase acreditei que vinha para ficar.
Puro engano! Chove, quase a cântaros, nesta manhã de um  dia cinzento e fresco,  a lembrar o Outono, quiçá o Inverno.
Todos sabemos que há vários factores que tornam o estado do tempo imprevisível. Mas não gostamos, quase rejeitamos essa parte científica e, cada de um de nós, deseja-o à sua maneira.
Há os que apreciam dias soalheiros, há quem goste dos  cinzentos e frios... há quem encontre uma magia especial nos dias chuvosos, enfim... é exigente e complicado o ser humano!
Falo por mim, que me identifico como uma mulher que ama o sol, o mar, o clima ameno, que nada quer com o frio. Uma mulher oriunda do sul, litoral. Depois do Inverno,  tenha sido rigoroso ou ameno - e este último foi tão rigoroso ao ponto de absorver a Primavera - o que eu mais quero e desejo  é que o Verão regresse fisicamente e não só em termos de calendário... 

E estou em crer que chegará, rapidamente! Aguardemos, sem stress... :)

quarta-feira, 18 de junho de 2014

ANIVERSÁRIO...



CHICO BUARQUE - "MINHA HISTÓRIA" 

Parabéns a Chico Buarque pelo seu aniversário natalício - completa hoje 70 anos.
Obrigada pela sua sensibilidade, pela sua bonita e melodiosa voz, pelas suas belas composições que continuam a encantar-me sobremaneira!Sendo que esta é uma das minhas preferidas...






sexta-feira, 6 de junho de 2014

Happy birthday my dear!



O meu neto Vicente celebrou ontem - 5 de Junho - o seu quinto aniversário. Os pais presentearam-no com uma festinha onde estiveram presentes todos os coleguinhas da sua turma e mais um ou outro amiguinho de família. O seu rosto esbanjou alegria e felicidade durante todo o tempo...
Eu também lá estive. Um pouco nos bastidores - aquele era um convívio de meninos - senti-me grata por poder observar  a  alegria,  a vivacidade, a cumplicidade, a amizade, enfim... o salutar convívio que, num ápice, ali se estabeleceu entre eles.
Na verdade, as crianças - mais do que os adultos - são hábeis em estabelecer relações entre si e ainda bem que assim é! O que nós queremos mesmo é que os nossos meninos sejam felizes. 
Em pleno séc. XXI não devia haver lugar para o sofrimento das crianças. Sabemos que não é assim... infelizmente! 
Que os homens abram os seus corações - incluindo os governantes - e  se unam na defesa dos DIREITOS DAS CRIANÇAS. Porque...

TODAS TÊM O DIREITO DE SER FELIZES!