Uma casa esquecida. Velha e desabitada. Sem cor, sem brilho. Sem alma! Sem vida!...
Uma lanterna acesa pressupõe que a luz do dia vai dar lugar à noite... O céu alaranjado, indica o outono...
Que significado poderá ter uma casa que já perdeu a beleza, meio degradada, quase a ruir (perguntarão)?
Compreendo! Porém, para quem a conhece tão bem quanto eu, e para quem, como eu, aqui vivenciou - na infância e adolescência - experiências memoráveis, esta velha moradia, tal como a vila onde está implantada, tem, para mim, um significado do tamanho do mundo.
Era, para aquela época, uma fabulosa casa de férias, que acolhia frequentemente os seus proprietários, gente bonita e interessante, com quem tive o prazer de privar. Um convívio saudável entre todos, especialmente entre os mais jovens, que se repetia ano após ano e fazia as delícias daquele saudável grupo de amigos nos longos e quentes dias de verão.
Só que o tempo está constantemente em mutação e, se tudo traz, tudo leva.
As pessoas "vão"... as boas lembranças ficam. E estas, como muitas outras, perdurarão para sempre num cantinho da máquina que comanda o meu pulsar.
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