Maria Luís podia dar mais? Se não quis foi infeliz.
Mas que podia fazer Maria Luís? Podia subir os salários? Baixar os impostos? Não era essa a diretriz. A troika definiu a matriz. Ignorou a vontade de Maria Luís.
Este é o nosso fado e a nossa cicatriz... contra isto nada pode fazer Maria Luís.
Mas com menos ordenado e mais cortes nas reformas está quase a partir-se o verniz. E quando tal acontecer o que resta a Maria Luís?
Não estamos propriamente a falar de uma aprendiz, estamos a falar de uma ministra que está convencida daquilo que diz. Uma verdadeira imperatriz, atirada para a frente das depauperadas Finanças de um pobre país. É o primeiro orçamento de Maria Luís... um exercício difícil, cheio de incertezas e que ainda tem de passar pelo crivo do juíz...se passar... é por um triz, mas será de grande alívio para Maria Luís.
É aguentar, como diz o banqueiro do BPI. Aguentar até que apareça uma nova força motriz que traga alguma esperança a este país.
É a tua sina, Maria Luís. Temos de resolver este problema de raiz. Mas olha para aqueles que hoje castigas, porque amanhã podes ser tu a infeliz.
(Texto de Miguel Alexandre Ganhão, subchefe da redação do jornal Correio da Manhã).
Li hoje no Correio da Manhã. E foi, se bem me lembro, a primeira vez que sorri desde que o orçamento de estado para 2014 foi apresentado. A verdade nua e crua numa prosa leve e descontraída. Para além da sua pertinência, acho imensa piada ao sentido de humor com que o jornalista aborda este assunto tão na ordem do dia e que tanta tinta ainda vai fazer correr...
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