Mais um dia azul - assim o define a minha amiga M. - que, quanto a mim, foi mais rosa do que azul, visto que a maior parte do mesmo foi passado entre mulheres e as suas peculiares conversas, e onde os nossos homens não meteram o bedelho. Não que eles não gostassem de o fazer, mas tão só porque "não cabem" nestes programas - decisão que mereceu o consenso de todos os elementos...
Azul terá sido somente a parte da manhã. Explico: estava eu ainda no vale dos lençóis, quando toca o meu telemóvel para um convite que não pude rejeitar. Três amigos, ou melhor, duas amigas e um amigo que passavam de Lisboa para o Algarve, fizeram-me saltar da cama - fi-lo com um sorriso de orelha a orelha - para, no fresquinho da manhã, tomarmos o pequeno almoço numa esplanada à beira do Sado e aí matarmos saudades e cavaquearmos um pouco. Foi para mim um prazer imenso esta sua visita, ainda que rápida! Prezo muito os meus amigos!
O resto do dia, terá então sido rosa, dado que me juntei a um grupo de amigas para um pré- combinado primeiro almoço da rentrée. Um almoço em tempo alargado onde desenferrujámos as línguas - seis boas tagarelas - contando as peripécias das férias, assunto muito vasto que, obviamente, não esgotámos, pelo que decidimos que os mesmos terão continuidade ao longo do ano. Todos sabemos que os temas de conversa entre mulheres são inesgotáveis... casa, filhos, netos, política, assuntos do coração, o social, futilidades... nada nos escapa!!! Mas...como seres sociais e mulheres sociáveis que somos, vivemos estes encontros com intensidade, para além de que temos consciência de que os mesmos contribuem para o nosso bem estar.
E...encontrar, no regresso a casa, o meu neto V. à minha porta para uma visita à avó foi a cereja no topo do bolo. Depois de muitos beijinhos, abracinhos, miminhos e de alguma conversinha... adormeceu serenamente e dormiu durante todo o tempo que a avó precisou para escrever estes desabafos. Muito disciplinado este meu neto! :-)
Que mais posso querer nesta altura da minha vida?? Continuar a ser otimista e acreditar que sou uma avó feliz... e uma mulher bafejada pela sorte! :-)
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