Sinto sempre uma ternura especial pela ingenuidade de qualquer criança!! Mais ainda quando essa criança é um dos meus netos. Foi o que hoje senti, uma ternura imensa perante o ar ingénuo do meu neto V. quando chegámos os dois, vindos da sua escolinha, para o já habitual almoço cá em casa.
Meto a chave à fechadura, a porta abre-se e, perante o cheiro intenso dos marmelos que havia assado para a sobremesa, o meu neto olha para mim muito convicto do que a seguir haveria de me dizer:
- Avó... brrrrr... a casa hoje está nojenta... brrrrr....
Meio incrédula, pergunto-lhe:
- O que estás tu a dizer, V.?
- A casa da avó está nojenta... Cheira muito mal, não cheira à avó?
- Ó Vicente este é o cheiro dos marmelos que a avó esteve a assar para o nosso almoço!
- Avó... não gosto deste cheiro! É nojento...
E para o bom do V., o cheiro que andava no ar só deixou de ser nojento - ou não - quando se deliciou com os marmelos assados da avó!
- Humm... é muito bom, avó!
Estou encantada com as aprendizagens e as associações de idéias que o V. vai fazendo consoante o seu crescimento!! Esta sua ingénua observação de hoje foi, para mim, absolutamente deliciosa e... hilariante :-))
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