Revoltada, para não dizer zangada, é como me sinto hoje! Pode voltar a acontecer, lá isso pode! Só que não vou ficar em casa a remoer. Vou tomar uma atitude, ai vou, vou...
Apetecia-me peixe fresco ao almoço, porque gosto e porque pensei que o meu filho - que está cá de fim de semana - também iria gostar, dado que durante a semana, a almoçar fora todos os dias, alimenta-se mais de carne do que de peixe.
E aí vou eu... a uma grande superfície à procura de pescada fresca. Eis que encontro o peixe fresco que preciso - pensei - precisamente na banca onde compro habitualmente. Observei, examinei... e nada me fez pensar que não estivesse em condições. Bem sei que não sou exímia nestas coisas de perceber se o peixe é fresco - ou não -, só se tiver mesmo muito mau aspeto, o que não era o caso.
Dirijo-me à senhora que está atrás da banca, faço o pedido, peço o favor de verificar se está em bom estado, até acrescento que é para o meu filho - que a dita também conhece -, ao que a senhora, depois de pegar e observar o peixe, me responde:
- Pode levar à confiança, muito boa esta pescada, muito rijinha!!...
Mete-a num saco plástico fechado, coloca o preço - à volta de 10 euros - e aí venho eu, muito ufana, cozinhar a pescadinha fresquinha.
Amigos, que horror! Ao abrir o saco não gostei do cheiro da mesma, mas pensei " não sejas esquisita, isto é pescada, um peixe sensível, dá-lhe sal e daqui a bocadinho vais ver que está ótima".
Foi o que fiz. E... continuei a não gostar do cheiro. "Volto atrás a reclamar, não volto...cozo-a, não a cozo??" - questionei-me.
Para, mais uma vez, dar o benefício da dúvida à pescada - e a quem ma vendeu - resolvi cozinhá-la. Bem, não há palavras... mole, mole e o tal cheiro pestilento de peixe de muitos, muitos dias... Estava pura e simplesmente estragada! Passo seguinte: balde do lixo com ela!
Ora bem, como é possível, nos dias que correm, vender-se peixe - ou qualquer outro produto alimentar - que não está minimamente em condições de se consumir? Então a responsável pela banca não sabe o que está a vender!? Um verdadeiro atentado à saúde pública! E a ASAE por onde anda? Enfim... muito se poderia dizer!...
Amanhã volto lá para reclamar... e, desta vez, ficará apenas - se forem educados comigo - por uma reclamação verbal. Se houver uma próxima - espero bem que não - tomarei outras medidas, começando por reclamar, por escrito, no livro de reclamações... obviamente!
Fica o desabafo... que, no mínimo, me ajudou a serenar os ânimos!!
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Por onde anda a ASAE??
E a pescada fresca virou atum enlatado!
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