Retirei e partilho esta parte do poema Balada de Neve de Augusto Gil, porque aborda as crianças - que eu adoro - e que infelizmente fazem parte dum mundo de onde a violência infantil ainda não foi erradicada...
Sinto o coração apertado quando penso que há meninos maltratados, negligenciados, abandonados, com fome... Temos o dever de ajudar, até mesmo de denunciar a quem de direito, casos de crianças em sofrimento, situações que são, atualmente, muitas vezes camufladas pela pobreza envergonhada, fruto da crise económica por que estamos a passar.
Sinto o coração apertado quando penso que há meninos maltratados, negligenciados, abandonados, com fome... Temos o dever de ajudar, até mesmo de denunciar a quem de direito, casos de crianças em sofrimento, situações que são, atualmente, muitas vezes camufladas pela pobreza envergonhada, fruto da crise económica por que estamos a passar.
As crianças têm o direito de ser felizes.
Porquê as crianças, Senhor? Porque lhes dais tanta dor? Porque padecem assim?
(...)
Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…
E descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…
Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.
Augusto Gil
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